O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, prestou depoimento na manhã de quinta-feira (16) em um processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que está sendo processado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Torres respondeu a perguntas sobre a minuta de decreto de Estado de Defesa encontrada em sua casa. O depoimento terminou por volta das 11h30.
Falando como testemunha via videoconferência, Torres está atualmente detido em um batalhão da Polícia Militar no Guará, no Distrito Federal, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Embora autorizado a ficar em silêncio, Torres respondeu a todas as perguntas. O ex-ministro já havia sido interrogado por dez horas pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre os protestos violentos na Praça dos Três Poderes.
Durante o depoimento, Torres reiterou que não sabe quem é o autor da minuta e contestou a versão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que o documento não parecia que seria descartado e estava “muito bem guardado” em uma pasta oficial do governo federal, junto com pertences pessoais.
Torres depôs como testemunha, não como suspeito, em uma ação de investigação eleitoral relacionada a uma reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e embaixadores estrangeiros. Bolsonaro atacou o sistema de votação eletrônica e levantou suspeitas sobre a integridade do processo eleitoral. A minuta de intervenção no TSE foi anexada como prova no caso, o que poderia tornar o ex-presidente inelegível.