A deputada Carla Zambelli (PL-SP) formalizou, na noite de quinta-feira (22/02), um requerimento de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados. O pedido foi assinado por 139 parlamentares.
O documento revela que o contingente de oposição ao governo diminuiu desde que o presidente do Partido dos Trabalhadores iniciou seu terceiro mandato. No início do governo, em 2023, metade dos membros da Casa Baixa eram opositores. Entretanto, o grupo diminuiu devido à concessão de emendas parlamentares e à distribuição de cargos.
A mobilização foi motivada por declarações do presidente em que comparou a atuação de Israel na guerra em Gaza ao holocausto nazista.
Para os envolvidos no pedido de impeachment, a fala de Lula se enquadraria em crime de responsabilidade contra a existência política da União por “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Segundo Zambelli, “o pedido não é ideológico, é um crime de responsabilidade que aconteceu de fato. O Brasil, infelizmente, está de portas abertas para o terrorismo”.
“Protocolamos o pedido de impeachment contra Lula e de ontem para hoje, mais quatro deputados pediram para assinar e terão seus nomes incluídos no pedido na segunda-feira, data marcada para o aditamento”, declarou Zambelli em seu perfil no X (ex-Twitter).
Se confirmados os 4 nomes, serão 143 assinaturas. Independentemente do número, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP – AL), é o único que pode tomar a decisão de dar andamento a abertura de um processo de impeachment.