O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou na última segunda-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve explicar no prazo de 48h por que ficou dois dias escondido na embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro.
No dia 8 de fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, uma medida cautelar estabelecida pelo ministro Alexandre de Moraes. Quatro dias depois, o ex-capitão foi à representação húngara, onde passou duas noites.
A hospedagem veio à tona na segunda-feira (25), em uma reportagem do jornal The New York Times. Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que a estadia ocorreu “para manter contatos com autoridades do país amigo”.
A operação deflagrada em fevereiro fechou o cerco sobre Bolsonaro, militares de alta patente e ex-ministros. As provas analisadas configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.