A família da engenheira ambiental capixaba Jéssica Carla da Silva, de 33 anos, está em busca de informações sobre o seu paradeiro, após seu desaparecimento durante uma viagem a Paris, na França. De acordo com parentes e amigos, o último contato com Jéssica ocorreu em 15 de janeiro, quando enviou uma mensagem de texto para uma tia.
Dois dias antes, Jéssica havia relatado para a mesma tia que sofreu assédio por parte de funcionários de um hotel na capital francesa e, posteriormente, foi expulsa do local.
Segundo os familiares, Jéssica residia em Lisboa, Portugal, há quase cinco anos. Ela se mudou para o país para fins acadêmicos, onde concluiu uma pós-graduação e, recentemente, iniciou um doutorado. No Brasil, Jéssica era moradora de Cariacica, na Grande Vitória.
Durante a viagem, conforme relato da tia Aparecida Silva, Jéssica costumava compartilhar links de rastreamento de localização e detalhes sobre os carros de aplicativo que utilizava. Em Paris, ela estava hospedada no hotel St Christopher’s Inn Paris – Gare du Nord.
No domingo, dia 12 de janeiro, antes de retornar, Jéssica teve uma crise de ansiedade e, em lágrimas, ligou para a tia. Incapaz de embarcar no voo de volta para Portugal, a tia sugeriu que ela retornasse ao hotel. Já na segunda-feira, 13 de janeiro, a engenheira teve outra crise de ansiedade no hotel, necessitando de atendimento médico.
Durante o atendimento, Jéssica realizou uma chamada de vídeo para a tia Aparecida, na qual relatou estar sendo assediada pelos paramédicos que a atendiam.
“Ela me ligou de vídeo e dava para ver os paramédicos no vídeo. Ela dizia que eles queriam ver o pescoço dela, que estavam assediando ela”, contou Aparecida.
Mais tarde, no mesmo dia, a Aparecida foi informada que funcionários do hotel chamaram a polícia e a expulsaram do hotel.
Na terça-feira (14), ela chegou a dizer que já havia encontrado outro lugar para ficar, mas, no dia seguinte, quarta-feira (15), ninguém consegue mais fazer contato com ela. A família tentou entrar em contato com o hotel St Christopher’s Inn para ter mais informações, mas o hotel afirma não saber de nada.
“Dizem que desde o episódio problemático que ela teve lá tiveram de chamar a polícia e, depois disso, dizem que não sabem de mais nada, uma vez que não a autorizaram a ficar lá de novo desde o check-out. Não têm mais informações sobre o paradeiro dela e sugerem contatar a polícia ou os hospitais”, contou a tia.
Desde então, a família não tem mais contato com a brasileira.
Fonte: G1