A suspensão do TikTok nos Estados Unidos teve uma duração curta. No final do último sábado (18), a rede social chinesa chegou a ser desligada no país, porém, na noite do dia seguinte, já estava parcialmente em operação na região.
A plataforma originária da China tinha até domingo para transferir suas operações para uma empresa dos Estados Unidos, sob pena de ser banida do território nacional. Isso realmente ocorreu: o TikTok foi suspenso nos Estados Unidos, juntamente com outros serviços da empresa ByteDance. É o caso do programa de edição de vídeos CapCut e até mesmo do jogo de cartas para dispositivos móveis Marvel Snap, desenvolvido por uma de suas filiais.
O TikTok confirmou o retorno, informando que está “em fase de recuperação do serviço”. Atualmente, o aplicativo não está disponível nas lojas digitais para Android e iOS, porém, aqueles que já possuíam o serviço instalado em tablets ou smartphones puderam voltar a acessar o feed.
A decisão que confirmou a proibição do TikTok foi inicialmente aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, sendo posteriormente promulgada pelo então presidente Joe Biden em abril de 2024.
No entanto, essa não foi a primeira tentativa de interromper a plataforma no país: o próprio Trump tentou proibir o aplicativo em 2020, porém a decisão foi revogada no ano seguinte pelo próprio Biden ao assumir a presidência.
No entanto, o empresário reviu sua posição durante a campanha presidencial de 2024. Após ele mesmo usar bastante a rede social como plataforma de propaganda eleitoral, Trump abraçou a ideia de manter o serviço no ar.
“Francamente, não temos escolha. Temos que salvá-lo”, disse Trump durante o seu último comício antes da posse oficial, que acontece nesta segunda-feira (20).
Ao voltar a funcionar, o próprio TikTok agradeceu Trump “por fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviço de que eles não enfrentarão penalidades”.
“Trabalharemos com o presidente Trump em uma solução de longo prazo que mantenha o TikTok nos Estados Unidos”, diz o comunicado da ByteDance.
Trump se comprometeu a emitir uma ordem executiva que, pelo menos, estenderá o período para que o TikTok resolva a questão no país. Em todas as instâncias judiciais, a plataforma perdeu o direito de continuar sob a gestão de uma empresa chinesa, devido a alegações de suposta espionagem e ligação com o governo chinês.
Em sua defesa, o TikTok sustenta que possui proteção constitucional para continuar fornecendo seus serviços aos mais de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, especialmente em relação à proteção à liberdade de expressão.
No entanto, esse argumento não foi acolhido pelos tribunais e o tema ainda não é um consenso entre os políticos do país, particularmente no setor conservador.