O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió (AL), após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Collor foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a um esquema envolvendo a BR Distribuidora (atualmente chamada Vibra Energia).
Segundo o STF, o ex-presidente recebeu R$ 20 milhões entre 2010 e 2014 para facilitar a celebração de contratos ilegais entre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e a UTC Engenharia. A quantia foi paga para garantir apoio político à indicação de diretores da empresa estatal.
A denúncia contra Collor foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015, como parte da Operação Lava Jato. Em 2023, o STF o condenou, mas o político não foi preso na época, já que ainda cabiam recursos. No entanto, em novembro de 2023, o STF rejeitou esses recursos e manteve a sentença, resultando na ordem de prisão emitida por Moraes.
Collor, que foi presidente entre 1990 e 1992 e renunciou durante um processo de impeachment, também exerceu o cargo de senador por Alagoas entre 2007 e 2023. Além da pena de prisão, ele terá que indenizar a União em R$ 20 milhões e pagar uma multa. Ele também está proibido de ocupar cargos públicos por um período de 17 anos e 8 meses, o dobro da pena.
O STF realizará hoje, em sessão virtual, o julgamento para decidir se a prisão de Collor será mantida ou revogada.