Cinco aliados da opositora venezuelana María Corina Machado chegaram aos Estados Unidos nesta terça-feira (6) após permanecerem por mais de 400 dias asilados na embaixada da Argentina em Caracas. A saída ocorreu por meio de uma operação discreta, sem divulgação prévia, envolvendo cooperação internacional.
O grupo é formado por Magalli Meda, coordenadora da campanha de Machado; Claudia Macero, da equipe de comunicação; o ex-deputado Omar González Moreno; e os ativistas Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, ambos do partido Vente Venezuela. Todos foram acusados pelo Ministério Público da Venezuela de crimes como conspiração, terrorismo e traição à pátria, após as eleições primárias da oposição em que Machado saiu vencedora.
A informação da chegada ao território americano foi confirmada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que celebrou o desfecho nas redes sociais. “Os Estados Unidos comemoram o resgate bem-sucedido. Todos estão agora em segurança em solo americano”, escreveu, agradecendo às pessoas e países que colaboraram com a operação, sem dar detalhes.
Os cinco permaneceram sob proteção diplomática na sede argentina, que passou a ser administrada pelo Brasil desde agosto de 2024, após a expulsão dos diplomatas argentinos pelo governo de Nicolás Maduro. O presidente argentino, Javier Milei, havia questionado a legitimidade das eleições venezuelanas, o que acirrou o conflito diplomático.
Um sexto asilado, Fernando Martínez Mottola, também buscou abrigo na embaixada, mas deixou o local em dezembro e faleceu em fevereiro deste ano. A saída do grupo representa um novo capítulo na crise política venezuelana, em um momento decisivo para a oposição diante das eleições presidenciais previstas para 2025.