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Kalungas denunciam novo desmatamento com correntão em Goiás

A Associação Quilombo Kalunga (AQK) denunciou um novo desmatamento em uma fazenda localizada dentro do Território Kalunga, no município de Cavalcante (GO), utilizando a técnica do correntão — prática que envolve tratores puxando correntes para derrubar grandes áreas de vegetação nativa.

Segundo a entidade, a área afetada passava por processo de regeneração desde 2019, após ter sido desmatada ilegalmente há seis anos. A denúncia foi feita por meio de publicação nas redes sociais da associação, que afirma que o objetivo do novo desmatamento seria preparar o solo para o plantio de capim.

Na ocasião anterior, a intervenção ilegal resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e de um acordo de não persecução penal, firmados com o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de Goiás (MPGO), a Prefeitura de Cavalcante e a própria AQK.

A área desmatada está situada próxima à nascente do Rio Prata, uma das mais importantes da Chapada dos Veadeiros, região de alta relevância ambiental e turística.

Em resposta, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) informou que, conforme o TAC de 2022, a proprietária da fazenda foi obrigada a reparar o dano causado em 530 hectares, com compensação de 1.200 hectares e pagamento de R$ 210 mil em indenizações — sendo R$ 200 mil destinados à comunidade Kalunga.

A Semad também explicou que, em 2025, houve a regularização ambiental da propriedade por meio da Declaração Ambiental do Imóvel (DAI). Com isso, o embargo foi suspenso em fevereiro deste ano, permitindo o uso do solo, desde que dentro da legalidade.

A AQK não informou se pretende acionar novamente o Ministério Público ou outros órgãos de fiscalização ambiental.

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