O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair em uma cratera enquanto fazia trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ainda não tem data prevista para retorno ao Brasil. Segundo o Itamaraty, o traslado não será custeado pelo governo federal.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores explicou que o transporte dos corpos de brasileiros falecidos no exterior deve ser providenciado pelas famílias e não pode ser financiado com dinheiro público. Cabe às representações diplomáticas, segundo o órgão, prestar assistência consular, facilitar o contato com autoridades locais e emitir documentos, como o atestado de óbito.
A negativa provocou reações nas redes sociais, com críticas de internautas que citaram casos anteriores em que o governo teria utilizado recursos públicos em situações sem caráter emergencial, como o envio de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro.
Um socorrista voluntário conseguiu alcançar uma profundidade de 600 metros e encontrou Juliana sem vida. Na noite de segunda-feira (23), sete socorristas tentaram chegar ao local, mas recuaram por falta de iluminação. O resgate foi concluído apenas na manhã de quarta-feira (25), no horário local (noite de terça-feira no Brasil).
O corpo foi levado ao posto de Sembalun em uma maca e, em seguida, transportado de helicóptero ao Hospital Bayangkara.