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quinta-feira, julho 3, 2025
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Colômbia apreende 1° narcossubmarino usado por cartéis de drogas

A Marinha da Colômbia apreendeu, pela primeira vez, um drone submersível sem tripulação, desenvolvido para o transporte de drogas em rotas internacionais. A embarcação, altamente sofisticada, foi interceptada na costa de Santa Marta, no Mar do Caribe, durante operação da “Estratégia Multinacional Orión”, iniciativa antidrogas que reúne 62 países.

De acordo com as autoridades, o narcossubmarino era capaz de percorrer até 1.280 quilômetros sem perder contato com a base de controle, utilizando comunicação via satélite Starlink, empresa de internet do bilionário Elon Musk. A embarcação, pintada de cinza e equipada com antena na proa, não carregava drogas no momento da apreensão e estaria em fase de testes. Segundo a Marinha, o veículo teria capacidade para transportar até 1,5 tonelada de cocaína.

O comandante da Marinha colombiana, almirante Juan Ricardo Rozo, destacou que a descoberta marca um avanço tecnológico nas estratégias do narcotráfico. “É uma mudança clara para sistemas autônomos e não tripulados, que dificultam a detecção e eliminam o risco de prisão em caso de apreensão”, afirmou. A embarcação foi levada ao porto de Cartagena para análise detalhada.

As investigações iniciais apontam que o drone subaquático pertence ao Exército Gaitanista da Colômbia (EGC), conhecido como Clã do Golfo, uma das maiores organizações criminosas do país, com forte atuação no tráfico de drogas no Caribe. O grupo rival Las Pachenca também disputa o controle dessa rota.

Segundo o Centro Internacional de Investigação e Análise contra o Narcotráfico Marítimo (Cimcon), a construção de um narcossubmarino pode custar entre US$ 150 mil e US$ 1 milhão, dependendo da tecnologia empregada. Em 2018, pelo menos 38 embarcações do tipo foram detectadas, evidenciando o uso crescente desses meios para o transporte de cocaína.

Para o especialista em segurança Raúl Benítez Manaut, da Universidad Nacional Autónoma de México, o uso de veículos não tripulados pelos cartéis representa uma ameaça crescente às autoridades de segurança. “Os traficantes têm recorrido a especialistas em comunicação e navegação para desenvolver esses submarinos, que reduzem riscos e aumentam a eficiência das rotas clandestinas”, explicou.

A apreensão do narcossubmarino reforça o alerta sobre o uso de tecnologias avançadas por redes criminosas transnacionais, desafiando as forças de segurança em uma guerra cada vez mais tecnológica contra o tráfico de drogas.

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