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terça-feira, julho 8, 2025
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PF deflagra operação contra desvio de verbas públicas no Ceará

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (8) a Operação Underhand, que apura um esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos no Ceará. O deputado federal Junior Mano (PSB-CE) é o principal alvo da investigação, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis cidades — Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé, Baixio e Brasília. Ao todo, foram executadas 15 ordens judiciais, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os agentes vasculharam o gabinete do deputado na Câmara dos Deputados, sua residência oficial em Brasília e seu endereço particular no Ceará.

O STF também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao caso.

Segundo a PF, o grupo criminoso investigado atuava manipulando a destinação de verbas públicas para municípios cearenses, mediante contrapartidas financeiras ilegais. Além disso, empresas vinculadas à organização influenciavam diretamente processos de licitação. Os contratos fraudulentos serviam para abastecer um suposto caixa dois, que teria como finalidade o financiamento de campanhas eleitorais do grupo em 2024.

As investigações tiveram início com uma denúncia da ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), que relatou um esquema de desvio de emendas parlamentares com alcance em pelo menos 51 municípios cearenses.

Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto do Choró (PSB), apontado como operador do esquema e atualmente foragido, era o responsável por negociar emendas parlamentares com prefeitos em troca de comissões. Segundo a PF, ele agia em nome do deputado Junior Mano.

Com o surgimento de indícios da participação direta do parlamentar, o caso foi remetido ao STF. Os investigadores afirmam que Junior Mano teria utilizado os desvios para fortalecer sua base eleitoral por meio da compra de votos.

Entre os crimes investigados estão: organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fins eleitorais. A operação conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

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