A cultura popular ganha destaque em Manaus com a terceira edição do Festival Quebrando o Coco, que acontece entre os dias 17 de maio e 7 de junho. O evento é dedicado à valorização do coco de roda — manifestação de origem afro-indígena que une música, dança e oralidade — e contará com uma programação gratuita em dois importantes espaços da capital amazonense: a Praça Desembargador Paulo Jacob e o Quilombo Urbano de São Benedito.
Idealizado pelo grupo Cocada Baré e realizado em parceria com a Caldo Negro Produções, o festival foi contemplado pelo Edital Macro 002/2024 do Conselho Municipal de Cultura, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc. A iniciativa tem apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura de Manaus.
Mais do que uma expressão artística, o coco representa resistência, identidade e saberes ancestrais compartilhados de geração em geração. Com oficinas abertas ao público e apresentações ao ar livre, o festival busca aproximar a população urbana de manifestações culturais populares que, muitas vezes, são invisibilizadas nos grandes centros.
Um dos destaques desta edição é a participação especial de Day e Kell Calixto, do grupo pernambucano Coco Raízes de Arcoverde, que há mais de 30 anos atua na preservação do coco de roda no Nordeste.
A programação começa nos dias 17, 24 e 31 de maio, com a oficina “Ritmo e Canto do Coco”, ministrada pela Cocada Baré na Praça Paulo Jacob, sempre às 18h. No Quilombo de São Benedito, a oficina de dança com o grupo Raízes de Arcoverde será realizada nos dias 6 de junho, às 19h, e 7 de junho, às 14h.
O encerramento do festival acontece no dia 7 de junho, às 18h, com uma grande apresentação musical da Cocada Baré e participação das convidadas Day e Kell Calixto, em celebração à força e à ancestralidade do coco de roda.