O Ministério Público Estadual(MPE) pediu a prisão preventiva e suspensão de Ericsson de Sousa Tavares, delegado de Polícia Civil. A petição foi encaminhada à Justiça do Amazonas, que agora está examinando o caso com a autoridade policial.
O delegado, três investigadores da Polícia Civil e cinco policiais militares foram presos em flagrante no dia 24 de março deste ano por extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa, entre outros delitos. Na época, Ericsson liderava o 6o Distrito Integrado de Polícia (DIP) localizado na zona Norte da capital.
A participação de Ericsson é baseada em depoimentos de vítimas e testemunhas, de acordo com o MPE-AM. Além disso, o Ministério Público Estadual aponta evidências de que ele faz parte de uma organização criminosa armada que pratica extorsões e agride severamente uma vítima.
Uma ação preocupante para o MPE-AM é um vídeo que o delegado compartilhou em suas redes sociais no dia 4 de julho, após obter sua liberdade provisória com cautela. Na gravação, Ericsson afronta a Justiça exibindo comportamentos desrespeitosos, como gestos obscenos e comentários depreciativos sobre sua prisão.
“Não se pode ignorar o fato de que Ericson de Souza Tavares é delegado da polícia civil, o qual detém poder e influência inerentes ao cargo público. Tal circunstância somada à publicação de vídeo nas redes sociais, cria medo nas vítimas e frustração nos agentes públicos que procederam à prisão dos suspeitos“, consta na solicitação do MPE-AM.
O órgão enfatiza que, como delegado de polícia, Ericsson tem autoridade e influência que podem intimidar as vítimas e dificultar as investigações. A gravidade de suas ações e o conteúdo do vídeo justificam sua prisão preventiva e suspensão de seu cargo. Além disso, o MPE conclui que há evidências suficientes da existência dos crimes e indícios de autoria.