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quarta-feira, julho 9, 2025
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Rio Negro começa a recuar em Manaus após cheia histórica

Após três dias de estabilidade, o nível do Rio Negro apresentou queda de dois centímetros nas últimas 24 horas, marcando 29,03 metros nesta quarta-feira (9), conforme medições do Porto de Manaus. O recuo pode indicar o início da vazante, típica do mês de julho, mas ainda não há confirmação técnica de que o processo tenha começado.

A cheia prolongada transformou a rotina de centenas de famílias nas áreas mais baixas de Manaus, especialmente na região central. No bairro Educandos, moradores continuam enfrentando alagamentos dentro das casas, além da presença de lixo acumulado trazido pela subida das águas.

Apesar do período em que normalmente se inicia a vazante, o nível do rio seguiu subindo nos dias anteriores — um comportamento considerado anormal, que não ocorria desde 2014.

No Centro da capital, a cheia comprometeu o acesso ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Ruas próximas ao mercado, como a Travessa Tabelião Lessa e a Rua dos Barés, estão submersas. Feirantes e motoristas relatam dificuldades para circular e manter as atividades na área, que segue parcialmente inundada.

Dados atualizados do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais apontam que 133.711 famílias foram atingidas pela cheia no Amazonas — o que representa cerca de 534 mil pessoas. As nove calhas de rios do estado seguem em processo de cheia, com picos registrados entre março e julho.

Conforme decretos municipais:

  • 40 municípios estão em Situação de Emergência;
  • 18 em estado de Alerta;
  • 4 permanecem em condição de Normalidade.

Para enfrentar os impactos da cheia, o Governo do Amazonas já distribuiu:

  • 580 toneladas de cestas básicas;
  • 2.450 caixas d’água de 500 litros;
  • 57 mil copos de água potável;
  • 10 kits de purificação do programa Água Boa;
  • 1 Estação de Tratamento Móvel (Etam).

Os municípios mais atendidos incluem Humaitá, Manicoré, Apuí, Boca do Acre, Novo Aripuanã, Borba, Anamã, entre outros.

Na área da educação, 444 estudantes de quatro municípios — Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini — tiveram as aulas presenciais suspensas e continuam os estudos remotamente por meio do programa “Aula em Casa”.

COLUNISTAS

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