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Seca: Rio Negro atinge nível histórico de 12,68 metros

O Rio Negro atingiu 12,68 metros às 18h de quinta-feira (3), registrando a mais severa seca já registrada em Manaus pelo segundo ano seguido, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). O Porto da capital, que monitora as águas desde 1902, deve anunciar a mínima das últimas 24 horas na manhã de sexta-feira (4).

Este ano, o recorde foi estabelecido 23 dias antes de 2023, quando o rio atingiu 12,70 metros no dia 26 de outubro de 2019. De acordo com os dados do Porto de Manaus, no dia 3 de outubro de 2023, o Rio Negro atingiu 15,14 metros, o que equivale a um aumento de 2,46 metros em relação ao nível observado neste ano.

As águas devem continuar secando e podem ficar abaixo dos 12 metros, segundo as previsões do SGB. O tempo seco e a falta de chuvas regulares ajudam a piorar a situação.

Confira abaixo o ranking das menores cotas da série histórica do Rio Negro, segundo dados do SGB:

  • 12,68 m em 03/10/2024
  • 12,70 m em 2023
  • 13,63 m em 2010
  • 13,64 m em 1963

O Rio Negro, conhecido por suas águas escuras e quase 1,7 mil quilômetros de extensão, é um dos principais afluentes do Rio Amazonas, banhando a capital do estado. No final de outubro do último ano, o rio voltou a transbordar, mantendo um avanço gradual e constante. No dia 17 de junho deste ano, as águas cessaram a subida e teve início o período de baixa.

A diminuição rápida e previsível do nível das águas causou inquietação nas autoridades, que já estão implementando ações preventivas. Por causa da seca, a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por um período de 180 dias e fechou a Praia da Ponta Negra, após o nível do rio exceder o limite de segurança de 16 metros.

Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. Quase 750 mil dos mais de 4 milhões de habitantes do Amazonas estão sendo afetados, o que corresponde a mais de 186 mil famílias.

COLUNISTAS

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