Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, o médico anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo, preso por estuprar e filmar pacientes em centros cirúrgicos, negou ter abusado sexualmente de crianças, porém, confessou que tem compulsão por pornografia infantil.
A polícia informou que ele acumulava mais de 20 mil arquivos contendo imagens de pornografia infantojuvenil em seus dispositivos eletrônicos.
No termo de declaração consta que o “declarante (o médico) não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil; que o declarante esclarece que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.
Além de buscar e baixar os vídeos na internet, o colombiano admitiu que ele mesmo produziu as gravações de abusos contra as pacientes durante cirurgias.
Em depoimento ele afirma que “Aguardava a melhor hora (momento em que estivesse sozinho) e aproveitava”.
Andres é acusado de filmar e abusar sexualmente de pelo menos três mulheres, entre elas uma idosa, em 2020 e 2021.
Conselho de Medicina
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que está agilizando o pedido de interdição cautelar do médico, a fim de evitar novos riscos à sociedade.
Após a apuração do caso, poderá ser instaurado um processo ético-profissional. Se for considerado culpado, o anestesista pode ter o direito de exercer a profissão cassado.