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Áudios mostram assédio moral de Pedro Guimarães contra funcionários da Caixa

Áudios revelados, na quinta-feira (30), pelo site Metrópoles mostram o comportamento agressivo do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante reuniões, contra executivos do banco. Guimarães pediu demissão do cargo após denúncias de assédio sexual e assédio moral contra servidores da instituição.

Em uma das gravações, o ex-presidente da Caixa ameaça os funcionários: “Quem for responsável, vai deixar de ser. Ou vice-presidente, ou diretor, ou superintendente nacional, ou gerente nacional. Então, Celso, é pra você essa: porque o Vreco é p** mole. Eu quero isso no detalhe. Eu quero os CPFs de todo mundo”.

Já em outro registro, Pedro Guimarães mostra irritação por decisões tomadas pelo colegiado: “Não é aceitável. E de novo: c* para a opinião de vocês, porque eu que mando. Então, eu não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia. É a minha decisão.”

Ele ainda alerta os dirigentes de que aquela postura pode levar a perda de seus cargos. “Não tem que ligar para ninguém. Se eu não dei o ok, não dei o ok e acabou. É não. Por que vocês vão tomar o risco de perder a função, cara, por uma coisa que eu não autorizei?”

A irritação de Guimarães tinha um motivo: financeiro. O Conselho de Administração havia aprovado mudanças em normas internas que limitavam a remuneração para quem participava de comissões ligadas ao banco. Na prática, a decisão representou a redução no valor que o então presidente da Caixa poderia receber. Com a participação nos conselhos, ele conseguia mais que dobrar o salário de R$ 56 mil reais a que tinha direito.

Além de Pedro Guimarães, o Ministério Público Federal deve começar a ouvir testemunhas e apurar se outros dirigentes da estatal também tinham a mesma conduta do ex-presidente. O nome mais próximo de Guimarães, que também será investigado, é o do vice-presidente de negócios do banco, Celso Leonardo Barbosa.

Somente após a repercussão das denúncias de assédio moral na imprensa, a Caixa se manifestou, em nota, confirmando ter recebido relatos de assédio, por meio dos canais internos do banco.

Apesar disso, a informação dos funcionários é que os casos foram denunciados há mais de 6 meses e que o compliance da empresa não avançou na apuração. Por isso, a nova presidente da Caixa, Daniella Marques, deve criar um comitê de crise para investigar as acusações de assédio dentro do banco. Marques também recebeu o aval do presidente Jair Bolsonaro para fazer outras mudanças na diretoria.

Ainda nesta quinta-feira, o Ministério Público do Trabalho deu prazo de 10 dias para que tanto a Caixa quanto Pedro Guimarães se manifestem sobre as denúncias.

Informações SBT Brasil

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