O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, não está sozinho nas investigações da Polícia Federal sobre um esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas. Além dele, Roseli Dorth e Fábio Spinola Mota são apontados como envolvidos no esquema. Cariani, sócio da Anidrol, empresa ligada aos desvios, e a Quimietest, suposto braço da Anidrol, estão sob investigação desde 2019, iniciada após denúncia da farmacêutica AstraZeneca em 2019. O Ministério Público reuniu indícios de vendas fictícias para farmacêuticas, usando ‘laranjas’ como representantes das empresas.
A investigação, que teve ações de busca e apreensão na última terça-feira (12), aponta que Cariani, Dorth e Mota realizavam vendas simuladas às farmacêuticas para encobrir o desvio de insumos para o tráfico. Conversas interceptadas entre Cariani e Dorth indicam monitoramento policial desde 2014. Em uma conversa, Roseli menciona a possível chegada da polícia e sugere manipular notas fiscais. Em outra, Cariani pede para apagar mensagens sobre pagamento e retirada de produtos químicos.
Fábio Spinola Mota, amigo de Cariani, foi preso no semestre passado e é apontado como intermediário entre a empresa e o crime organizado. Ele teria criado um e-mail falso vinculado à AstraZeneca para receber vendas, e em sua residência foram encontrados R$ 100 mil em espécie. A investigação identificou 60 transações falsas, totalizando cerca de 12 toneladas de produtos químicos desde 2014. Os envolvidos podem responder por tráfico, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, com penas superiores a 35 anos de prisão. Os suspeitos não se pronunciaram sobre o caso até o momento.
Fonte: Terra