O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou a abertura das inscrições para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Os interessados poderão se inscrever a partir desta quarta-feira (2) até o dia 20 de julho. A taxa de participação será única, no valor de R$ 70, com vencimento até 21 de julho.
Ao todo, o CNU 2025 ofertará 3.642 vagas distribuídas entre 32 órgãos públicos federais, sendo 2.480 para contratação imediata e 1.172 para cadastro de reserva. A aplicação das provas objetivas está marcada para o dia 5 de outubro, das 13h às 18h, em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal. A etapa discursiva será realizada no dia 7 de dezembro, exclusivamente para os candidatos habilitados na primeira fase. O resultado preliminar com os classificados deve ser publicado em 30 de janeiro de 2026.
A organização do concurso ficará a cargo da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável por aplicar e fiscalizar as provas.
Estrutura e Blocos Temáticos
Seguindo o modelo adotado na edição anterior, os cargos foram divididos em nove blocos temáticos, organizados por áreas de atuação. Com isso, os candidatos poderão concorrer a diferentes cargos dentro de um mesmo bloco com apenas uma inscrição. No momento do cadastro, o participante deverá montar uma lista de preferência, considerando sua formação, experiência e interesses profissionais.
Cotas e equidade de gênero
A nova edição do CNU traz mudanças significativas em relação às políticas de inclusão. A distribuição das vagas será a seguinte:
- 65% para ampla concorrência
- 25% para pessoas negras
- 3% para indígenas
- 2% para quilombolas
- 5% para pessoas com deficiência (PcD)
Além disso, foi instituída uma nova política afirmativa de equilíbrio de gênero na convocação para a segunda etapa. Em cada etapa classificatória, será garantida a chamada proporcional de homens e mulheres — inclusive nas vagas de cotas — mesmo que o número de candidatos de um dos gêneros seja menor na fase inicial.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, explicou a nova medida com um exemplo: “Em um cargo com 20 vagas, seriam convocadas 117 pessoas para a fase seguinte. Se houver 65 homens e 52 mulheres classificados, serão chamadas 13 mulheres a mais para assegurar a paridade.”
Dweck enfatizou que a iniciativa não representa reserva de vagas, mas sim uma política afirmativa legalmente embasada. Segundo a ministra, no concurso anterior, mesmo com maior número de mulheres inscritas, elas foram minoria na etapa seguinte.
Para garantir a segurança do processo seletivo, cada candidato terá um código de barras individual e deverá escrever uma frase de próprio punho durante a aplicação da prova. A próxima edição contará com o apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública na fiscalização. A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) será responsável pela gestão e execução do certame.
A ministra também reforçou a importância do concurso diante do alto número de aposentadorias no serviço público. Entre 2010 e 2023, aproximadamente 246 mil servidores deixaram seus cargos, gerando uma lacuna significativa no funcionalismo federal.
“Há uma carência muito grande no serviço público”, destacou Dweck.
Cronograma do CNU 2025
- Inscrições: 2 a 20/07/2025
- Solicitação de isenção da taxa: 2 a 8/07/2025
- Prova objetiva: 05/10/2025 (13h às 18h)
- Convocação para prova discursiva: 12/11/2025
- Confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025
- Envio de títulos: 13 a 19/11/2025
- Procedimentos de confirmação de cotas: 8 a 17/12/2025
- Prova discursiva (2ª fase): 7/12/2025
- Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/01/2026