Nesta segunda-feira (19/12), pilotos e comissários entraram em greve nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza.
A paralisação aconteceu em decorrência do pedido de reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Nesse domingo (18/12), pilotos e comissários chegaram a receber uma proposta com 100% INPC nos salários fixos e variáveis + 0,5% de aumento real, mas ela foi rejeitada por 76,43% dos 5.767 profissionais que votaram de forma online.
De acordo com a GRU Airport, que administra o empreendimento em Guarulhos, dez voos tiveram demora e nenhum foi cancelado. “A concessionária orienta os passageiros a procurar as companhias aéreas para saber o status dos voos”.
Enquanto, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, cerca de 11 voos foram afetados, segundo o painel da Infraero. Seis decolagens e cinco partidas foram canceladas com destino as cidades de Confins, Guarulhos, Campinas, São Paulo e Vitória.
Greve
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que comparecessem aos aeroportos, mas que não fizessem decolagens entre as 6h e 8h (horário de Brasília).
Os trabalhadores reivindicam pontos como a proibição de alteração dos dias de folga e o cumprimento dos limites já fixados do tempo em solo entre etapas de voos.
“É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação”, ressaltou o presidente.
Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a categoria deve manter 90% dos aeronautas em serviço, operando os aviões, durante o período da greve. A multa diária pelo descumprimento é de R$ 200 mil.