Começa nesta segunda-feira (12/12), o julgamento do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, preso desde 11 de julho, acusado de estuprar uma paciente sedada após o parto em um hospital de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Ele responde pelo crime de estupro de vulnerável e, se considerado culpado, pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
A audiência de instrução e julgamento vai ser dividida por vários dias, e a decisão deve sair em até dois meses.
O processo tramita em segredo de Justiça, para não expor a vítima, e por isso a audiência não será aberta ao público nem à imprensa.
A audiência começa nesta segunda com o depoimento da paciente. Em seguida será ouvido o marido dela. Depois, oito testemunhas de acusação e em seguida, outras oito elencadas pela defesa.
Os peritos do caso poderão prestar esclarecimentos, e ao final, o depoimento de Bezerra. Ele vai ser ouvido por videoconferência, para evitar que sua presença intimide a vítima ou as testemunhas.
Profissional foi demitido
Em nota, a secretaria informou que o médico foi imediatamente demitido e afirmou que a Fundação Saúde, entidade responsável pela gestão do hospital onde o caso ocorreu, instaurou procedimento administrativo para apurar os fatos. Essa investigação ainda está em andamento, em sigilo.
A entidade também acionou a polícia e notificou o Cremerj.
O Cremerj, por sua vez, interditou cautelarmente o registro do médico, que está provisoriamente impedido de exercer a medicina em todo o País. O processo segue em trâmite, também em sigilo, segundo informou a entidade.