O homem que assassinou a própria filha de cinco dias com um chumbinho tentou abortar a gravidez ainda quando ela tinha dois meses. Segundo a Polícia Civil, Charles Luiz Félix, que foi preso em flagrante pelo crime, é um homem indiferente e nega o homicídio, apesar de todas as evidências que os investigadores levantaram.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) declarou nesta quinta (25) que, após a audiência de custódia, sua prisão preventiva foi confirmada.O Fórum da Ilha Joana Bezerra, localizado na área central do Recife, foi o local da sessão.
Ele foi transportado para o Cotel, ou Centro de Triagem, localizado na Região Metropolitana de Abreu e Lima. A polícia fez uma entrevista coletiva nesta quinta para explicar os detalhes do assassinato da bebê.
O delegado Sérgio Ricardo abordou a relação de Charles com a mãe da criança e suas ações durante a gravidez e até sua morte na terça (23). O pai da vítima sugeriu que a mulher fizesse um aborto quando ela tinha dois meses.
Não teve tempo para ficar com a companheira durante toda a gravidez. Ele participou dos preparativos para o nascimento da filha na semana anterior ao parto.
A bebê foi liberada do hospital no domingo (21). Tomou a vacina e passou pelo teste do pezinho no dia seguinte. A polícia afirma que o pai apresentou a criança aos vizinhos, como se tudo estivesse na “maior normalidade”.
Na terça, Charles aproveitou o momento em que a mãe da criança estava tomando banho para fazer leite com o chumbinho e dar para ela.
Os pais da vítima a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, localizada na Zona Sul, mas ela não resistiu.
A equipe médica na unidade de saúde descobriu que a criança havia sido envenenada e chamou a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE). O veneno usado para matar ratos na mamadeira e na fralda da menina foi confirmado por testes.
O delegado afirmou que ele negou tudo, mesmo assim. Charles ainda tinha antecedentes criminais, de acordo com a polícia. Foi condenado a seis meses de prisão por furto. Ele roubou dinheiro de uma defensora pública cega para quem ele estava trabalhando.
O local do crime era a Avenida Marechal Juarez Távora, no bairro de Boa Viagem, localizado na Zona Sul do Recife. O homem foi preso em flagrante delito pela Equipe de Força Tarefa de Homicídios da Capital, conforme a Polícia Civil.
O autor foi condenado por matar um bebê recém-nascido usando uma substância que mata ratos.