Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), foi preso após ser identificado como o responsável pela morte de um morador de rua, em Cuiabá, na noite de quarta-feira (9/4). O crime ocorreu nas proximidades do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), quando a vítima, Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, foi atingida com um tiro no rosto.
O procurador se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde de quinta-feira (10/4), acompanhado de seu advogado. Durante a apresentação, ele entregou a arma utilizada no crime, além do veículo em que estava no momento do homicídio. Figueiredo Rocha e Silva é servidor efetivo da ALMT desde 2015, com salário base de R$ 44 mil, e rendimento líquido de cerca de R$ 40 mil nos primeiros três meses de 2025.
A Polícia Civil informou que o homicídio teria sido motivado por um desentendimento, em que a vítima supostamente teria danificado o carro do procurador. A defesa de Luiz Eduardo alegou que ele não tinha a intenção de matar e que a situação foi uma “fatalidade”.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso lamentou a morte de Ney Muller Alves Pereira e declarou que tomará as medidas administrativas necessárias em relação ao caso. O presidente da ALMT, Max Russi, ressaltou que, embora o procurador tenha direito à defesa, não é aceitável que uma vida tenha sido tirada dessa forma.
O inquérito segue em andamento e Luiz Eduardo permanece preso na DHPP.