Na manhã desta quinta-feira (15/12), a Polícia Civil indiciou sete pessoas pelos crimes de tortura e extorsão mediante sequestro contra dois homens, de 32 e 47 anos, suspeitos de furtar picanha de um supermercado da cidade de Canoas, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Conforme a polícia, 31 câmeras de segurança gravaram o que aconteceu no depósito onde as vítimas foram agredidas. Após a denúncia que iniciou a ocorrência, os policiais foram até o estabelecimento coletar as imagens, mas perceberam que os arquivos haviam sido apagados logo que os agentes entraram no local. No entanto, a perícia recuperou as imagens.
Os indiciados são dois ex-funcionários do estabelecimento, que pertence à rede Unisuper, e cinco seguranças da Glock Serviços de Portaria, que era responsável pela segurança do local. Três dos seguranças são policiais militares. Os ex-funcionários eram gerente e subgerente do estabelecimento.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Robertho Peternelli, o indiciamento foi pelo crime de tortura, pois as vítimas “sofreram grave violência” ao longo dos 45 minutos que foram espancadas dentro no depósito do supermercado.
Já pelo crime de extorsão mediante sequestro porque foram impedidos de sair do local até que pagassem um valor em dinheiro exigido pelos indiciados.
Ele também afirmou que o gerente do supermercado levou uma máquina de cartão de crédito para o pagamento das carnes que foram supostamente roubadas. As vítimas dizem que foram exigidos R$ 800 e que os produtos foram divididos entre os agressores.
O caso segue sendo investigado.
