O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a 17 anos de prisão um homem acusado de furtar uma bola autografada pelo atacante Neymar Jr. durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, na Câmara dos Deputados.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela pena de 17 anos de reclusão em regime fechado, além do pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanharam integralmente o voto. Já o ministro Cristiano Zanin apresentou uma divergência parcial, propondo pena de 15 anos de prisão e 45 dias-multa, sem a aplicação da indenização milionária.
Com maioria formada na Primeira Turma do STF, prevalece o entendimento do relator. O julgamento ocorre no plenário virtual e aguarda apenas o voto do ministro Luiz Fux.
O réu, morador de Sorocaba (SP), admitiu à Polícia Federal que esteve presente na invasão ao Congresso. Segundo ele, encontrou a bola no chão e inicialmente pensou em devolvê-la, mas decidiu levá-la para casa por causa do tumulto. Vinte dias depois, procurou a Polícia Militar para informar que estava com o objeto e pediu orientação sobre como devolvê-lo.