O mercado de trabalho no Brasil atingiu um marco histórico com o menor índice de desemprego nos últimos dez anos. As informações foram coletadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revela que, no trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego atingiu 7,7%, representando o nível mais baixo desde o trimestre que terminou em setembro de 2015.
Em termos absolutos, cerca de 8,3 milhões de brasileiros estavam desempregados, com uma diminuição de aproximadamente 100 mil em comparação ao trimestre anterior, encerrado em junho deste ano, e 1,1 milhão a menos do que o registrado em setembro do ano anterior, uma queda de 3,8% no trimestre e de 12,1% no ano.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que essa redução na taxa de desemprego se deve ao aumento expressivo no número de pessoas empregadas e à diminuição da busca por trabalho no terceiro trimestre de 2023. Além disso, houve um destaque no aumento do emprego formal no país, com um acréscimo de quase 1 milhão de pessoas trabalhando, sendo que mais da metade delas foi contratada com carteira assinada.
Dentre os setores econômicos analisados, o único que apresentou um aumento significativo no número de ocupados na comparação trimestral foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que absorveu 420 mil trabalhadores. Esse setor inclui os serviços financeiros e de locação de mão de obra, que também impulsionaram as contratações formais. Em relação aos rendimentos, houve um aumento real para os trabalhadores, com o rendimento médio estimado em R$ 2.982 em setembro, representando ganhos de 1,7% no trimestre e 4,2% no ano. Esse aumento do rendimento médio foi observado entre os empregados com carteira no setor privado, empregados no setor público e trabalhadores por conta própria.
Fonte: G1