O advogado Luiz Henrique Eltermann Viotti foi detido em flagrante por crime de racismo, conforme informou a Polícia Civil, após proferir ofensas preconceituosas a um segurança durante a Oktoberfest Blumenau, no Vale do Itajaí, Santa Catarina, nas primeiras horas do último domingo (29). Posteriormente, em uma audiência de custódia realizada algumas horas após sua prisão, ele foi liberado provisoriamente, sob a condição de cumprir medidas cautelares, conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A defesa do advogado não quis comentar o assunto ao ser contatada pela equipe do G1.
Um vídeo registrou o momento em que o advogado profere xingamentos racistas, chamando o funcionário de “preto filho da p*”. O vídeo mostra também o momento em que o homem alega ser advogado e menciona sua família. A matéria não teve acesso à totalidade das imagens. Segundo a organização do evento, os seguranças receberam um chamado para intervir em uma briga entre os pavilhões 1 e 2, onde Viotti teria cometido o crime.
A Polícia Militar confirmou que prestou assistência no caso e auxiliou no transporte do homem à delegacia. No entanto, a Polícia Civil conduziu os procedimentos legais relacionados à prisão. Durante a audiência de custódia no domingo, o advogado alegou que havia sido vítima de agressão que deixou marcas em seu pescoço, mas a juíza Horacy Benta de Souza Baby ordenou que o advogado cumprisse medidas cautelares, incluindo a obrigação de comparecer em juízo para justificar suas atividades e a proibição de se ausentar da comarca por mais de sete dias.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou o episódio e se comprometeu a acompanhar de perto a evolução das investigações sobre o incidente, conforme comunicado assinado pela diretoria e pela Comissão de Direitos Humanos da organização. Até o momento, a OAB não foi oficialmente informada sobre o ocorrido.
Fonte: Uol