Diante da recente onda de violência em Copacabana, moradores do bairro, incomodados com assaltos e agressões, estão se organizando em uma espécie de força-tarefa batizada de “pega ladrão” para enfrentar a criminalidade por conta própria. O grupo de “justiceiros” utiliza estratégias planejadas nas redes sociais, chegando até mesmo a considerar o uso de armas brancas.
O movimento ganhou força após um comerciante, Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, ser assaltado e agredido no último sábado. A repercussão do caso levou a uma mobilização nas redes sociais, onde moradores relatam violências sofridas e marcam reuniões para discutir estratégias de atuação no bairro. Especialistas, como o coronel Ubiratan Ângelo, ex-comandante-geral da PM, criticam a ação dos “justiceiros”, destacando que o uso da força deve ser legal e reativo, alertando contra iniciativas paralelas ao poder do estado.
Diante da situação, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou atuar na região para prender envolvidos em crimes e reforçar o policiamento. A Polícia Civil está conduzindo diligências para identificar os “justiceiros”, enquanto o Tribunal de Justiça e o Judiciário são alvo de críticas sobre a atuação. Especialistas alertam para o risco de iniciativas desse tipo, sugerindo que a sociedade se organize para apresentar propostas e soluções dentro do ordenamento jurídico. Nos últimos 10 dias, a PM encaminhou 150 pessoas para delegacias em Copacabana, retirando 11 facas de circulação e realizando prisões e apreensões.
Fonte: CNN Brasil