A Fifa está em busca de alternativas para preencher os espaços vazios nos estádios durante o Mundial de Clubes, que acontece nos Estados Unidos. A entidade máxima do futebol quer elevar a média de público da competição, que está abaixo do esperado, conforme revelou o jornal britânico Daily Mail.
Atualmente, o torneio registra média de 35.890 torcedores por jogo. Nas oitavas de final, mais de 342 mil pessoas compareceram aos estádios, com uma média de 42.750 por partida. Um dos momentos mais críticos ocorreu no duelo entre Fluminense e Inter de Milão, que levou apenas 20.030 torcedores ao estádio em Charlotte — o equivalente a pouco mais de 26% da capacidade total. Apesar do número baixo, a maioria era formada por torcedores tricolores que acompanharam a histórica vitória do clube brasileiro.
Para tentar aumentar o engajamento, a Fifa tem oferecido ingressos gratuitos ao público. No jogo entre Benfica e Chelsea, que foi interrompido por cerca de duas horas por causa de uma tempestade, os torcedores receberam até quatro entradas como compensação. A medida visava incentivar a presença em outras partidas — os ingleses venceram por 4 a 1 na prorrogação.
Situação semelhante ocorreu após o confronto entre PSG e Inter Miami. Quem assistiu ao jogo teve direito a até dois ingressos gratuitos para o duelo entre Borussia Dortmund e Monterrey, vencido pelos alemães por 2 a 1.
Esta edição do Mundial marca o início de um novo formato, inspirado na Copa do Mundo de seleções, com maior número de equipes participantes. Os Estados Unidos, que também sediarão a Copa de 2026 ao lado de México e Canadá, são o país que mais recebeu partidas nesta edição.
Apesar da média abaixo do ideal, a Fifa afirma que não há motivo para alarde. A entidade lembra que os Estados Unidos detêm o recorde de maior média de público em Copas do Mundo: 68.626 torcedores por jogo em 1994. A marca supera as registradas no Brasil, em 1950 (60.773) e 2014 (53.772), e no Catar, em 2022 (53.191), este último com 96,3% de ocupação nos estádios.
Analistas apontam dois fatores principais para a baixa adesão do público: a rejeição dos europeus ao Mundial de Clubes e a fraca divulgação do evento nos Estados Unidos. Além disso, a competição enfrenta concorrência direta com os playoffs da NBA e da NHL, o que tem reduzido o interesse local pelo torneio.