A Itália pediu ao Brasil para que o ex-jogador do Santos, Robinho cumpra a pena de 9 anos de prisão por estupro em terra brasileira. Ele e o amigo Ricardo Falco foram condenados em última instância a nove anos de prisão por estuprarem uma jovem de 23 anos em uma boate de Milão em 2013.
Nessa sexta-feira (17/02), a informação do pedido do governo da Itália foi confirmada e de acordo com o Itamaraty, o pedido foi encaminhado para análise do Departamento de Repatriação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A própria Constituição Brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos. Agora, em tese, pode haver o cumprimento de pena (no Brasil), mas é algo a ser examinado posteriormente, quando isso efetivamente tramitar.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, havia dito que Robinho poderia ter de cumprir a pena de nove anos de prisão, desde que houvesse o pedido formal da Itália, para que ficasse preso aqui no Brasil. E esse pedido chegou.
Segundo informações de Cosme Rímoli, colunista de esporte do R7, para evitar ser preso, usando a Constituição Brasileira como escudo, Robinho voltou para o Brasil e não saiu mais daqui. A condenação foi efetivada em outubro do ano passado.
Ainda segundo Rímoli, desde então, o nome do jogador passou a constar na lista dos procurados da Interpool. Ele não pode ir para mais de 150 países, porque será preso e extraditado para a Itália.
Em seu texto, Rímoli explica que o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nodio, encaminhou o desejo do governo italiano que Robinho seja preso no Brasil. O despacho foi feito no dia 24 de janeiro e chegou no país, dia 31. E ainda não foi analisado. O governo italiano havia recebido o ‘não’ à extradição.
“Constatado que o próprio Ministério brasileiro manifesta a possibilidade de formular um pedido de execução no Brasil da pena infligida na Itália ao nacional Robson de Souza, a Procuradoria da República junto ao Tribunal de Milão, pediu que seja dado andamento ao processo previsto no Tratado de Extradição entre Itália e Brasil, à luz da lei da Migração n. 13.445/2017 e que considerado portanto que a referida execução pode ser solicitada ao abrigo do artigo 6, parágrafo 1 do Tratado de Extradição entre a Itália e o Brasil”, diz o documento, publicado pelo site UOL.
O pedido de prisão no Brasil surge uma semana depois de o ex-jogador da Seleção Brasileira ter tentado negociar sua ida para o Londrina, treinado por Edinho, filho de Pelé, e seu amigo.
Só que a opinião pública da cidade paranaense pressionou a direção do clube para que não fosse efetivada a contratação.