Argentina julga hoje brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner

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Reuters

Nesta quarta-feira (26 de junho), começa o julgamento do brasileiro Fernando Sabag Montiel e de mais dois indivíduos que estão envolvidos na tentativa de homicídio da ex-vice-presidente argentina Cristina Kirchner. Os especialistas acreditam que a análise do caso no Tribunal Oral Federal 6 (TOF6) pode levar meses.

Além de Montiel, que puxou o gatilho a 35 cm da cabeça de Kirchner, a namorada dele, Brenda Uliarte, e o patrão do casal, Gabriel Carrizo, estarão no banco dos réus.

O caso será julgado pela juíza Sabrina Namer e pelos juízes Adrián Grunberg e Ignacio Fornari. Cada quarta-feira, haverá audiência.

Montiel, Uliarte e Carrizo são responsabilizados pela tentativa de homicídio duplamente qualificado, traição e colaboração premeditada de duas ou mais pessoas agravada pelo uso de arma de fogo. O brasileiro responderá como autor, a namorada como coautora e Carrizo como participante secundário.

O advogado de Kirchner, José Manuel Ubeira, fez declarações controversas afirmando que mais pessoas estão envolvidas no crime.

“É evidente que temos uma deliberação contra a pessoa que teve a responsabilidade que foi vista na televisão, ou seja, o agressor, e as pessoas que o rodeavam, mas ainda temos uma nebulosa sobre o que o motivou e quem o financiou”, apontou em entrevista a uma rádio argentina.

A então vice-presidente argentina Cristina Kirchner teve sua cabeça apontada com uma arma no dia 1 de setembro de 2022, diante de vários críticos e apoiadores.

Segundo fontes da Polícia Federal da Argentina, a arma usada no atentado, uma Bersa calibre.32, fabricada na Argentina, continha cinco balas e foi acionada duas vezes. O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel foi preso e a arma foi recuperada.

De acordo com o jornal La Nación, fontes da Polícia Federal disseram que o armamento estava pronto para uso. A numeração estava incompleta em parte. Duas vezes, a arma apreendida no bairro da Recoleta, onde ocorreu o atentado, foi acionada, mas o projétil não saiu.

O então ministro de Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, afirmou que Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos, tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo.

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