Um ataque russo à capital da Ucrânia, Kiev, deixou quatro mortos nas primeiras horas deste sábado (18/1). A ofensiva, realizada com mísseis e drones, atingiu um bairro da cidade e forçou o fechamento do metrô.
Os alvos incluíram o centro da capital e o bairro Shevchenkivskyi, conhecido por suas universidades, bares, restaurantes e galerias de arte.
No início de janeiro, a Rússia declarou ter frustrado um ataque com mísseis ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, e ameaçou retaliação contra a Ucrânia. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa russo.
“Em 3 de janeiro, a partir do território da Ucrânia, foi feita uma tentativa de ataque com mísseis na região de Belgorod, utilizando mísseis tático-operacionais ATACMS de fabricação americana”, informou a pasta em comunicado oficial.
Ainda segundo o comunicado, “todos os mísseis ATACMS foram interceptados por equipes dos sistemas de defesa antiaérea S-400 e Pantsir-SM”.
Após o incidente, o governo de Vladimir Putin prometeu adotar “medidas de resposta” contra as ações ucranianas, que têm contado com o apoio de países ocidentais para realizar ataques ao território russo com armas de longo alcance.
Moscou considerou essa movimentação uma escalada no conflito, que já dura mais de dois anos, e uma demonstração do envolvimento direto de nações ocidentais na guerra.
Como resposta aos ataques, a Rússia apresentou em novembro de 2024 o míssil hipersônico Oreshnik. A arma, de médio alcance, é capaz de transportar ogivas que se separam do projétil ao reentrar na atmosfera, dificultando sua interceptação por sistemas de defesa aérea.