As autoridades de saúde informaram que as forças israelenses mataram pelo menos 24 palestinos em três ataques aéreos separados na cidade de Gaza na manhã desta terça-feira (25). Enquanto isso, os tanques continuaram sua incursão na cidade de Rafah, no sul do enclave.
Os médicos informaram que pelo menos 14 pessoas foram mortas em dois dos ataques, que atingiram duas escolas na Cidade de Gaza. Outras dez pessoas morreram em um ataque a uma casa no campo de Shati, um dos oito campos históricos de refugiados da Faixa de Gaza.
De acordo com familiares e médicos, a casa em Shati pertencia à família do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, que reside no Catar e matou uma de suas irmãs e outros parentes.
Desde 7 de outubro, Haniyeh, que lidera a diplomacia do Hamas e é a figura pública do grupo militante islâmico que controla Gaza, perdeu vários familiares, incluindo três dos seus filhos.
Os militares israelenses afirmaram que militantes da Cidade de Gaza que participaram do planejamento de ataques a Israel foram alvo de suas forças durante a noite.Algum dos militantes era responsável pela manutenção de reféns e outro participou do ataque do Hamas em 7 de outubro.
A Força Aérea Israelense atacou duas instalações em Shati e Daraj Tuffah, no norte da Faixa de Gaza, que eram “usadas por terroristas do Hamas”. O comunicado militar afirmou que os terroristas operavam dentro de complexos educacionais que foram usados pelo Hamas como escudo para suas atividades terroristas.
O Hamas nega a utilização militar de instalações civis, como escolas e hospitais.
A mediação internacional liderada pelos Estados Unidos ainda não chegou a um acordo de cessar-fogo após mais de oito meses de conflito.Enquanto o Hamas diz que qualquer acordo deve acabar com a guerra, Israel diz que concordará apenas com um cessar-fogo temporário até que o Hamas seja erradicado.