O candidato a presidência de direita da Argentina, Javier Milei, emergiu das eleições primárias como o grande vencedor e a principal força política do país. Com 97,39% das urnas apuradas às 6h no horário de Brasília, sua sigla, La Libertad Avanza, não apenas liderava as pré-candidaturas individuais, mas também obtinha mais votos do que todas as outras coalizões presentes no pleito.
A vitória de Milei reverberou não somente na capital Buenos Aires, mas também em boa parte das províncias argentinas, derrubando a percepção anterior de que sua popularidade se restringia ao entorno da capital. Conhecido por suas ideias libertárias e postura antissistema, o candidato propõe medidas radicais como a dolarização da economia e a abolição do Banco Central. Além disso, ele chocou muitos ao prometer a legalização do comércio de órgãos, a taxação de serviços públicos como educação e saúde, e ao denunciar supostas ameaças comunistas em seus discursos.
O governo argentino enfrentou críticas por sua demora na divulgação dos resultados parciais, levando mais de quatro horas após o encerramento das urnas para apresentar o primeiro boletim oficial. Essa situação gerou controvérsias em diversos segmentos políticos, na mídia local e entre observadores internacionais, expondo a tensão que cerca esse novo cenário político que emergiu nas eleições primárias do país.
Fonte: CNN Brasil
