Nessa terça-feira (29/11), as forças de segurança chinesas começaram a abrir inquéritos para investigar cidadãos nos protestos contra a política de Covid zero no último fim de semana, enquanto policiais armados permanecem em peso nas ruas.
Nos últimos dias, cidadãos chineses se dizem apreensivos com a retaliação, principalmente os jovens, que estariam deletando históricos de conversas nas redes sociais.
Essa onde manifestações já é considerada a maior “desobediência civil” dos últimos anos.
Ainda não está claro como o governo chinês identificou os participantes das manifestações, tampouco a dimensão jurídica dos inquéritos que estão sendo instaurados. O Departamento de Segurança Pública de Pequim não respondeu aos questionamentos.
Além da frustração com a falta de liberdade dos cidadãos devido à política restritiva, há uma preocupação com a desaceleração da economia, causada pelos lockdowns.
A desobediência civil também teve o impulso após um incêndio atingir um prédio residencial e dez pessoas ficaram presas dentro do local, na região chinesa de Xinjiang, na quinta-feira (24/11). Os manifestantes alegam que os bloqueios na capital Urumqi dificultaram o socorro e impediram que os moradores saíssem do edifício.