A instabilidade no Equador alcançou novos patamares nesta terça-feira (9), quando homens armados invadiram uma universidade em Guaiaquil e uma emissora de TV local, enquanto um brasileiro foi sequestrado e sete policiais também foram feitos reféns.
Esses incidentes ocorrem dois dias após a fuga de Adolfo Macías Villamar, identificado como líder dos Los Choneros, uma das facções criminosas mais temidas do país, de uma prisão onde cumpria uma pena de 34 anos. A crise, que começou com tumultos nas penitenciárias, faz parte de uma onda de violência que assola o país desde agosto de 2023, quando a eleição presidencial foi antecipada devido à dissolução da Assembleia Nacional.
Após a fuga de Villamar, conhecido como Fito, o governo equatoriano declarou estado de exceção. Dois dias depois, homens armados invadiram uma universidade e os estúdios do canal de TV estatal TC Televisión, na cidade de Guayaquil, mantendo pessoas como reféns ao vivo. O presidente Daniel Noboa declarou 22 grupos como terroristas, e a situação levou à suspensão das aulas presenciais em todo o país até sexta-feira (12).
Além disso, o presidente também decretou “conflito armado interno”, autorizando o uso do Exército e da Polícia Nacional contra facções criminosas. O decreto identifica 22 facções como organizações terroristas e autoriza as Forças Armadas a realizar operações militares para “neutralizar” esses grupos, respeitando os direitos humanos. O Equador vive uma escalada de violência que influenciou a política e a segurança no país sul-americano.
Fonte: G1