Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, defenderam, nesta segunda-feira (14/11), em Bali, uma política para evitar que a rivalidade vire um conflito, durante a primeira reunião presencial entre os dois como líderes das duas maiores potências mundiais.
Depois de vários anos de tensão, os dois governantes apertaram as mãos no início do encontro na ilha indonésia, sede a partir de terça-feira (15/11) do encontro da cúpula dos líderes do G20, que deve ser marcada pelas tensões associadas à guerra na Ucrânia.
“Temos que encontrar o caminho correto para as relações”, afirmou Xi Jinping, antes de declarar que o mundo está em uma “encruzilhada” e expressar o desejo de que China e Estados Unidos “administrem de forma adequada” a situação.
Biden se comprometeu a “manter as linhas de comunicação abertas” e a “administrar as diferenças para evitar que a concorrência vire um conflito”.
O presidente norte-americano explicou que “os Estados Unidos continuarão a competir vigorosamente com a República Popular da China, incluindo o investimento em recursos internos e alinhando forças com aliados e parceiros ao redor do mundo. Reiterou que essa competição não deve desviar para um conflito, e que Estados Unidos e China devem levar a competição de forma responsável e manter abertas as linhas de comunicação”.
Sob o comando de Xi Jinping, que conquistou em outubro um histórico terceiro mandato para governar o país, a China adotou uma política externa mais assertiva para mudar a ordem mundial liderada pelos Estados Unidos.
Antes do encontro, a delegação americana afirmou que o objetivo final era estabelecer “salvaguardas” e esclarecer as “regras” da rivalidade.
A mensagem de Pequim foi similar: manter “as divergências sob controle” e promover “uma cooperação benéfica”, segundo uma porta-voz da diplomacia.
A delegação americana deseja convencer Pequim a pelo menos controlar a Coreia do Norte, após os vários lançamentos de mísseis neste ano e os temores de um teste nuclear.
O presidente russo, Vladimir Putin, será o grande ausente e será representado no G20 pelo ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski participará por videoconferência, depois de ser convidado pelo governo indonésio em uma tentativa de permanecer neutro no conflito entre Rússia e Ucrânia.