Neste domingo (29/9), as Forças Armadas de Israel anunciaram ter atacado alvos do grupo insurgente Houthis, no Iêmen.
A medida seria uma reação aos recentes ataques da entidade contra o país. No sábado (28/9), forças militares de Israel detiveram um míssil disparado do Iêmen com o objetivo de atingir o centro de Israel.
Segundo o Exército de Israel, a ação de domingo atingiu centrais elétricas e um porto marítimo que servia como meio de transporte para armas e suprimentos para o grupo insurgente.
Após a ação, o chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, se manifestou. “Sabemos como chegar longe, sabemos como chegar ainda mais longe e sabemos atacar com precisão. Esta não é uma mensagem, é uma ação”, disse o general.
Ele ressaltou que as operações vão continuar, incluindo no Líbano, onde os militares israelenses mataram o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. “Continuamos destruindo armas e eliminando agentes”, reforçou o Halevi.
Os Houthis ganharam destaque neste ano, após uma série de ataques contra navios no Mar Vermelho, que obrigaram os Estados Unidos a formar uma coalizão internacional para conter a ameaça do grupo em uma das rotas marítimas mais importantes do mundo.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, o grupo já atacou cerca de 60 embarcações na região, que tenham supostas ligações com Israel ou países parceiros, em uma ação que eles alegam ser de apoio ao povo da Palestina.
No governo de Donald Trump, os Houthis passaram a ser classificados de grupo terrorista. Essa avaliação foi retirada pelo atual presidente, Joe Biden, em 2021. Contudo, após o aumento nas ações armadas dos rebeldes no Mar Vermelho, a administração Biden voltou a designá-los como terroristas, em janeiro deste ano.
Inicialmente fundada como um grupo político, o nome da organização vêm de Hussein Badr Eddin al-Houthi, que liderou a primeira revolta dos Houthis contra o então governo do Iêmen, no início dos anos 2000.
O grupo passou a se armar em 2004, quando conflitos violentos explodiram no Iêmen, provocando mais de 25 mil mortes. As principais reivindicações dos Houthis durante a guerra contra forças do governo eram uma maior autonomia para a província de Sadá, além da proteção de tradições culturais.