Uma paralisação nos transportes argentinos resultou no cancelamento de quase 300 voos nesta quarta-feira (30). Foram cancelados vários voos para o Brasil.
A interrupção dos serviços não apenas no setor aéreo, mas também em trens, metrôs, caminhões, motos, táxis e transporte marítimo também está prevista.
A greve foi organizada pela Mesa Nacional de Transportes, que congrega vários sindicatos de várias formas de transporte, tanto de passageiros quanto de carga, em oposição às políticas de ajuste econômico implementadas pelo governo de Javier Milei, que englobam planos de privatização, diminuição de subsídios e diminuição da estrutura do Estado.
Também participaram da greve alguns sindicatos de professores, funcionários universitários e alfandegários. Organizações sociais confirmaram sua participação no protesto através da distribuição de alimentos. Prevê-se também uma paralisação de ônibus na capital e na região metropolitana de Buenos Aires na próxima quinta-feira (31).
Foram cancelados vários voos programados para esta quarta-feira, incluindo os que ligam Brasil e Argentina. Dezenas de aeronaves programadas para aterrissar e decolar no Aeroparque Jorge Newbery foram movidas para o Aeroporto Internacional de Ezeiza.
A Latam comunicou à CNN que suspendeu dez voos da Argentina para o Aeroporto de Guarulhos e aguarda permissão do governo para remarcar outros três.
Por outro lado, a Gol suspendeu todos os voos de e para Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário devido ao movimento grevista. A companhia aérea cancelou pelo menos 15 voos para o Brasil.
Por outro lado, a Aerolíneas Argentinas afirma que 255 de seus voos foram cancelados. Pelo menos 12 estão relacionados ao Brasil.
A Flybondi e a Jetsmart mudaram seus voos do Aeroparque para o Aeroporto Internacional de Ezeiza e não esperam cancelamentos de voos para o Brasil em decorrência da greve.