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Mais de 25 mil crianças e mulheres foram mortas na Faixa de Gaza

Principais aliados de Israel, os Estados Unidos afirmaram que mais de 25 mil mulheres e crianças morreram na Faixa de Gaza desde o último 7 de outubro, quando teve início a guerra de Tel Aviv contra o Hamas.

A cifra foi dita pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin, que também pediu que Israel faça mais para proteger as vidas de civis palestinos. Austin falava durante uma audiência no Congresso americano e forneceu a cifra de vítimas após ser questionado.

A declaração surpreende pelos laços que Washington mantém com Tel Aviv, mas também porque as cifras de Austin se aproximam das que o próprio Hamas vem divulgando publicamente. Lloyd Austin também disse que cerca de 21 mil munições guiadas de precisão foram fornecidas a Israel desde o início do atual conflito.

A guerra deixou mais de 30.000 mortos na Faixa de Gaza, anunciou nesta quinta-feira o grupo islamista Hamas, que controla o território, bombardeado constantemente pelo Exército israelense e ameaçado pela fome.

Embora os países mediadores, Estados Unidos e Catar, demonstrem otimismo com a possibilidade de alcançar uma trégua em uma questão de dias, a violência prossegue no território, onde a ONU e diversas ONGs alertam para uma grave situação humanitária. 

“O número de mártires supera 30.000”, afirmou o Ministério da Saúde de Gaza em um comunicado divulgado na manhã de quinta-feira. Segundo o Hamas, 79 pessoas morreram nas últimas 24 horas.

 Zona da morte

 O conflito, que transformou Gaza em uma “zona de morte” segundo as Nações Unidas, é de longe o mais violento dos cinco já travados entre Israel e Hamas, classificado como “grupo terrorista” por Estados Unidos e União Europeia.

A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos do grupo islamista Hamas atacaram o sul de Israel e assassinaram 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses. 

Também sequestraram quase 250 pessoas. Em novembro, uma trégua de uma semana permitiu a troca de mais de 100 reféns por quase 240 palestinos detidos em Israel.

As autoridades israelenses calculam que 130 continuam retidas no território palestino, incluindo 31 que o governo acredita que foram mortas. 

Em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas, Israel iniciou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza e impôs um cerco ao território, cortando o fornecimento de água, alimentos, remédios e energia elétrica.

 Fome

 A operação destruiu bairros inteiros da Faixa de Gaza e provocou o deslocamento de 1,7 milhão dos 2,4 milhões de habitantes do território.

A ONU denunciou os obstáculos impostos por Israel para a entrada de ajuda em Gaza.

Os cálculos da organização indicam que 2,2 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome, em particular no norte, onde a destruição, os combates e os saques praticamente impossibilitam a entrada de comboios de ajuda humanitária.

As necessidades humanitárias em Gaza são “ilimitadas”, afirmou a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

“A fome se aproxima. Os hospitais foram transformados em campos de batalha. Um milhão de crianças enfrentam traumas diários”, destacou a agência.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, sete crianças morreram por “desidratação e desnutrição” no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, e outras sete no hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa.

COLUNISTAS

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