Com uma celebração solene na Praça e na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Leão XIV deu início oficial ao seu pontificado neste domingo (18). A cerimônia atraiu mais de 200 mil fiéis e marcou o começo de uma nova fase para os 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo.
Antes da missa, o novo papa percorreu em papamóvel a Via della Conciliazione, cumprimentando a multidão que aguardava para vê-lo de perto. A posse contou com a presença de líderes políticos de vários países, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance.
Estiveram também no Vaticano os presidentes da Ucrânia, Israel, Peru e Nigéria; os primeiros-ministros da Itália, Canadá e Austrália; o chanceler alemão, Friedrich Merz; e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A realeza europeia foi representada pelo rei Felipe e pela rainha Letizia, da Espanha.
Durante a celebração, Leão XIV recebeu o pálio — símbolo de sua autoridade pastoral — e o anel do pescador, feito exclusivamente para cada pontífice. O anel, com a imagem de São Pedro segurando as chaves do Céu, será destruído ao final de seu papado, como determina a tradição.
Em seu primeiro discurso como pontífice, Leão XIV reafirmou seu compromisso com os princípios defendidos por Francisco, como a justiça social e a defesa do meio ambiente. Ao mesmo tempo, sinalizou disposição para dialogar com alas mais conservadoras da Igreja, destacando a importância de preservar a tradição da fé cristã.
O novo papa também abordou temas contemporâneos, como os impactos da inteligência artificial e os conflitos em curso ao redor do mundo. “Não serei um autocrata”, afirmou, indicando que pretende adotar uma liderança baseada na escuta e no consenso dentro da Igreja.
A chegada de Leão XIV ao trono de Pedro marca um período de transição e renovação para a Igreja Católica, que agora volta seus olhos para os rumos que o novo pontífice imprimirá à instituição.