O número de mortos em Mianmar devido ao terremoto que atingiu o país na última sexta-feira (28/3) ultrapassou a marca de mil vítimas. Equipes de resgate continuam a escavar os escombros de prédios desabados em busca de sobreviventes.
A junta militar de Mianmar, em comunicado divulgado neste sábado (29/3), confirmou 1.002 mortes e 2.376 feridos. A maior parte das vítimas fatais está na cidade de Mandalay, e as autoridades alertam que os números podem aumentar à medida que mais dados são coletados.
O terremoto, de magnitude 7,7, teve epicentro na cidade de Sagaing, no noroeste do país, e foi seguido por um tremor secundário de magnitude 6,7. A tragédia causou a destruição de prédios, o colapso de pontes e danos significativos em estradas, com Mandalay sendo uma das áreas mais afetadas. Informações são do jornal britânico The Guardian.
Em resposta ao desastre, Mianmar declarou estado de emergência nas seis regiões mais atingidas e, no grande hospital de Naypyidaw, médicos precisaram atender feridos ao ar livre devido à sobrecarga das instalações.
Na Tailândia, que também sentiu os tremores, as autoridades de Bangkok confirmaram a morte de seis pessoas, com 26 feridos e 47 desaparecidos, a maioria em um canteiro de obras próximo ao mercado Chatuchak, onde um edifício desabou. Relatos anteriores indicavam 10 mortos e cerca de 100 desaparecidos.
A cidade de Bangkok já enviou mais de 100 engenheiros para inspecionar a segurança de edifícios danificados, após o recebimento de mais de 2.000 relatos de danos.
Este foi o maior terremoto a atingir Mianmar em mais de um século, segundo geólogos dos EUA. Os tremores foram tão fortes que também causaram danos em Bangkok, a centenas de quilômetros do epicentro.
Em uma ação incomum, o chefe da junta militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, solicitou ajuda internacional, sinalizando a gravidade da situação. Regimes militares anteriores haviam rejeitado assistência externa após grandes desastres naturais.
As Nações Unidas alocaram US$ 5 milhões para os esforços de socorro, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu ajuda, embora alguns especialistas expressassem preocupações sobre a eficácia dessa assistência devido aos cortes no financiamento internacional promovidos por seu governo.