No caso da Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins, que faleceu no dia 28 de maio em Manaus devido a uma possível overdose de cetamina, a Polícia Civil do Amazonas indiciou onze pessoas.
A Polícia Civil descobriu que havia uma seita religiosa que fornecia e distribuia cetamina e incentivava o uso da droga.
O delegado Cícero Túlio afirmou que a família Cardoso criou uma seita religiosa para persuadir os funcionários de uma rede de salões de beleza a usar drogas veterinárias como cetamina e Potenay. Os indivíduos envolvidos foram presos por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e tortura com morte.
Ainda conforme a polícia, foi possível identificar a existência de um esquema criminoso promovendo a realização de cultos religiosos com a utilização de entorpecentes.
A polícia afirmou que o grupo criminoso pretendia abrir uma clínica veterinária para facilitar o acesso e compra de medicamentos de uso controlado, além de estabelecer uma comunidade para manter a doutrina da seita.
Além de Djidja, Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso e Bruno Rodrigues – respectivamente mãe, irmão e namorado da ex-sinhazinha – liderariam o esquema. Claudiele Santos da Silva, Verônica da Costa Seixas e Marlisson Vasconcelos Dantas, funcionários, também participariam. A polícia afirma que os vídeos e as conversas em aplicativos de mensagens coletados nos celulares dos funcionários demonstraram o envolvimento.
Um homem chamado Emicley está entre os indiciados, que ajudou a dissimular provas durante as buscas em uma clínica veterinária onde trabalhava.
Os autores do caso teriam cometido quatorze crimes, de acordo com o inquérito policial. Segue a lista:
- Tráfico de drogas
- Associação para o tráfico
- Perigo para a vida ou saúde de outrem
- Falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais
- Aborto provocado sem consentimento da vítima
- Estupro de vulnerável
- Charlatanismo
- Curandeirismo
- Sequestro e cárcere privado
- Constrangimento ilegal
- Favorecimento pessoal
- Favorecimento real
- Exercício ilegal da medicina
- Tortura com resultado morte