No município de Nova Olinda do Norte, interior do Amazonas, uma assistente social que não teve a identidade revelada, denunciou que foi vítima de estupro durante um exame de ultrassonografia. Segundo a vítima, um médico que trabalha junto com ela no Hospital Galo Manuel Ibanez, cometeu o crime.
Na delegacia, a mulher contou que o médico abaixou a roupa dela além do necessário e fez comentários vulgares sobre o corpo dela:
“Ele abaixou mais a minha bata e ficou: ‘olha essa marquinha, como é que você vem fazer esse exame assim? Logo eu que to na seca. O seu marido deve se acabar aí”.
Além disso, o médico usou a desculpa da suposta necessidade de realização de uma transvaginal para abusar sexualmente da mulher. Segundo ela, ele não seguiu o procedimento padrão e introduziu o aparelho nela sem o preservativo, como é recomendado.
Enquanto manipulava o aparelho, ele tocou as partes íntimas da vítima enquanto fazia movimentos sexuais com os próprios dedos. Em certo momento, a mulher percebeu que o homem também acariciava o pênis e estava com ereção.
“Em pé, sem olhar para o monitor, ele introduziu [o aparelho] com força na intenção de ficar empurrando”, disse. Eu me desesperei, empurrei e falei ‘doutor há necessidade disso? O que o senhor está fazendo?’ Ele todo errado virou para o monitor e passou a mão no órgão dele, que estava completamente ereto”, descreveu a vítima.
Assustada, a mulher saiu correndo da sala de exames e contou a outro médico sobre o ocorrido. Em seguida, a mulher foi para casa e relatou tudo ao marido.
O casal tentou registrar o caso na delegacia, mas o investigador do município disse que estava no horário de almoço e pediu que ela voltasse outra hora.
A assistente social conta que o hospital também foi informado, mas pediu apenas para que ela fizesse um relatório situacional.
Por conta disso, a mulher precisou vir até Manaus para fazer a denúncia na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM).