A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), deflagrou, nesta quarta-feira (21/05), a Operação Adolescência e cumpriu três mandados de busca e apreensão relacionados ao ato infracional análogo ao crime de cyberbulling praticado no contexto escolar contra nove adolescentes, de 16 e 17 anos. O cumprimento dos mandados resultou nas apreensões de três aparelhos celulares e um notebook de adolescentes envolvidas com o ato infracional.
Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, as diligências iniciaram no dia 14 de abril deste ano, quando as adolescentes, estudantes do ensino médio de uma escola de Manaus, e seus pais foram até a delegacia denunciar que estavam sendo vítimas de cyberbulling praticados por alunos da mesma escola que elas.
“Em depoimento, as adolescentes contaram que, naquele dia, se sentiram ameaçadas por seis adolescentes do sexo masculino que cantaram, durante os jogos escolares interno da instituição, uma música direcionada a elas com tom de apologia ao estupro. A referida música faz parte de um vídeo editado publicado em um perfil de rede social, no qual aparecem as fotos das vítimas”, falou a delegada.
Segundo a delegada, os seis adolescentes foram até a delegacia com os seus pais, onde foram ouvidos e confessaram que tinham cantado a música para as adolescentes. Todavia, eles não relataram quem teria editado o vídeo com as imagens das adolescentes.
“Foi feito um primeiro Boletim de Ocorrência (BO) por ato infracional análogo ao crime de ameaça contra os seis adolescentes. Eles foram apresentados ao Ministério Público do Amazonas (MPAM) e o procedimento está em andamento”, falou a delegada.
De acordo com a delegada, em continuidade às investigações, foi feito um segundo BO para apurar o cyberbullying praticado contra as adolescentes por meio do vídeo editado e publicado na rede social.
“Durante as diligências, representamos pelos mandados de busca e apreensão dos aparelhos celulares de três adolescentes que seriam as possíveis responsáveis pela edição do vídeo. Na manhã desta quarta-feira, fomos até as residências delas e fizemos as apreensões dos telefones e do notebook. A quebra do sigilo dos dados dos aparelhos já foi decretada pela Justiça e iremos continuar as investigações”, finalizou Joyce Coelho.
Com informações da assessoria