O deputado federal Amon Mandel (Cidadania) corre o sério risco de não disputar a Prefeitura de Manaus, sonho que ele, sua equipe e a família alimentam. Bem colocado nas pesquisas, ele vai depender totalmente do posicionamento do senador Plínio Valério (PSDB), que será quem a Federação vai ouvir na hora de definir o candidato. Este último avalia que precisaria entrar na corrida pela cadeira do prefeito David Almeida (Avante) para pelo menos ganhar visibilidade com vistas à difícil eleição para o Senado que ele deve enfrentar em 2026.
Plínio Valério tem garantias do PSDB que terá a palavra final em todas as decisões que a Federação que o partido formou com o Cidadania tomará nas duas próximas eleições. É uma forma de compensar o desgaste que ele sofreu ao ser impedido de disputar o Governo em 2022, por obra do então líder tucano Arthur Virgílio Neto, hoje sem partido.
O senador sabe que em 2026 terá um páreo duro para tentar a reeleição, porque concorrerá com o também senador Eduardo Braga (MDB), que provavelmente teria o apoio do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT); com o atual governador Wilson Lima (União Brasil), que terá a máquina estadual a apoiá-lo, e muito provavelmente com um candidato bolsonarista, que pode ser novamente o Coronel Menezes (PL). Por isso seria importante disputar a Prefeitura de Manaus para se manter nos holofotes.
Por sua vez, Amon Mandel já foi avisado pelo Cidadania que não seria bem aceita uma troca de legenda com vistas a esta disputa de 2024. Como um mandato de deputado federal é fundamental para legendas pequenas, muito provavelmente o jovem político teria que tentar manter seu mandato na Justiça, caso decida trocar de partido.
Há um forte movimento nos bastidores para convencer Plínio Valério a não disputar a Prefeitura e apoiar Amon Mandel, que retribuiria apoiando a reeleição do senador.