No último debate televisivo realizado na noite de quinta-feira (03/10) entre os candidatos à Prefeitura de Manaus, promovido pela Rede Amazônica, antes do primeiro turno das eleições, agendado para o próximo domingo (06/10), o prefeito David Almeida (Avante) e o deputado estadual Roberto Cidade, que é o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, mais uma vez se ausentaram.
Assim como aconteceu no debate anterior da TV A Crítica, realizado na terça-feira (1o/10), Amom Mandel (Cidadania) e Capitão Alberto Neto (PL) e Marcelo Ramos (PT) foram constantemente criticados e acusados pelos três candidatos presentes. Embora o primeiro e terceiro blocos tivessem temas livres, quase não houve discussões entre Mandel, Neto e Ramos, que se concentraram em anúncios até repetitivos de propostas de campanha.
Na abertura, cada um dos três candidatos direcionou perguntas aos faltosos Almeida e Cidade.
Ainda pelo bloco inicial, o deputado federal do Cidadania questionou Marcelo Ramos sobre os “compromissos” para a categoria dos profissionais de educação. “Vamos acabar com a esculhambação de vereador [da Câmara Municipal de Manaus] nomear diretor de escola [da rede municipal de ensino]”, respondeu o candidato do PT em crítica direta à gestão de David Almeida. Na réplica, Amom Mandel afirmou que organizará processo seletivo para a escolha dos gestores das unidades de ensino.
Uma denúncia da revista Veja, publicada nesta quinta-feira, sobre imagens mostrando equipes da Prefeitura de Manaus prestando serviços para um estabelecimento privado da família do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) também virou tema no debate. Para o deputado Amom Mandel, o caso é um exemplo de que o atual chefe do Poder Executivo Municipal está somente “ensaiando” um conflito político com o principal adversário nestas eleições, Roberto Cidade.
“Os dois [David Almeida e Roberto Cidade] têm muito para se explicar”, comentou Alberto Neto, que acusou os adversários faltosos de evitar debates ao vivo na TV por temerem prestar contas sobre os respectivos mandatos na Prefeitura de Manaus e Aleam.
No segundo segmento, foram sorteados temas sobre meio ambiente, feiras e mercados, além de concurso público. Marcelo Ramos, Amom Mandel e Capitão Alberto Neto apresentaram como propostas: a arborização na zona urbana de Manaus, parcerias e vantagens para os feirantes e diminuição dos preços dos produtos; promessas de obras através do governo federal; e a convocação de profissionais da saúde do cadastro reserva do concurso.
No terceiro bloco, mais temas livres formulados pelos próprios candidatos com até duas perguntas podendo ser respondidas por Mandel, Ramos e Neto. Em relação ao funcionamento do Sistema Nacional de Regulação (SisReg), do governo federal, houve troca de farpas entre Amom Mandel e Marcelo Ramos. O jovem deputado federal pediu para o candidato do PT parar com “pirotecnia” e ser mais “humilde” após retrucar uma resposta de Ramos explicando qual ente [municipal, estadual ou federal] seria na prática responsável pelo SisReg.
Pelo quarto e último bloco, novas perguntas sobre temas definidos por sorteio e as considerações finais. Sem nenhum conflito entre os rivais e mais explicações sobre os planos de governo de cada candidatura, o debate da Rede Amazônica se encaminhou para mais críticas, principalmente, a David Almeida.
Nas considerações finais, Amom Mandel ressaltou suas ações como parlamentar; Marcelo Ramos afirmou ser o mais experiente na vida pública e “preparado” para administrar Manaus; e Capitão Alberto Neto destacou ter especialização em gestão pública.