A Polícia Federal marcou para a próxima terça-feira (1º/7), às 14h, os depoimentos do ex-assessor Fábio Wajngarten e do advogado Paulo Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles serão ouvidos no inquérito que investiga possível tentativa de obstrução de Justiça no processo que apura uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições.
Na mesma ocasião, também prestarão depoimento o coronel Marcelo Câmara, ligado ao ex-presidente, e seu advogado, Eduardo Kuntz. Este último entregou à PF gravações de conversas com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Em depoimento anterior, Mauro Cid afirmou que Kuntz e Bueno procuraram seus familiares quando ele ainda estava preso, sugerindo uma defesa conjunta alinhada à de Bolsonaro. Um dos encontros, segundo Cid, ocorreu com sua mãe e foi registrado em uma declaração escrita entregue à PF. O ex-ajudante ainda afirmou que Kuntz buscou contato com sua filha com o intuito de obter informações sobre os termos de sua delação premiada.
Ainda segundo Cid, Fábio Wajngarten teria procurado sua esposa e filha menor de idade por meio de mensagens e ligações em agosto e setembro de 2023. A abordagem teria como objetivo convencê-las a trocar a equipe de defesa de Cid. A esposa do ex-ajudante também entregou uma declaração por escrito relatando o episódio.
Wajngarten foi desligado do Partido Liberal em maio, após o vazamento de mensagens trocadas com Mauro Cid, que incluíam críticas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A Polícia Federal continua apurando os desdobramentos do caso.
