Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou as indicações do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet, atual vice-procurador-geral eleitoral, para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro do STF, Alexandre de Moraes, expressou satisfação com as escolhas, elogiando Dino e Gonet como juristas competentes que contribuirão para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, caso sejam aprovados pelo Senado Federal.
A indicação de Paulo Gonet é considerada uma vitória para os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, apesar de gerar desconfiança entre parlamentares de esquerda e alguns membros do PT. Gonet é visto por alguns como conservador, e movimentos sociais e entidades progressistas ligadas ao Judiciário destacam sua simpatia à ditadura militar, citando seu voto contra a responsabilização do Estado na morte de Zuzu Angel, notória militante contra o regime militar. A indicação de Flávio Dino, por sua vez, enfrenta resistência entre parlamentares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas o Palácio do Planalto confia que isso não será um obstáculo.
Ambas as indicações ainda passarão pelo crivo do Senado, com sabatinas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) presidida por Davi Alcolumbre. O compromisso é realizar as sabatinas antes do recesso parlamentar, iniciando em 22 de dezembro, com a decisão final no plenário do Senado.
Fonte: Jovem Pan