Recados de lá pra cá e daqui pra lá, ameaças, muita fofoca e três pré-candidatos envolvidos. Esse é o jogo da eleição de 2026, que vai escolher o novo governador do Amazonas. Nessa competição, o atual dono da cadeira, Wilson Lima (União Brasil), só não será carta periférica se decidir não se candidatar ao Senado e permanecer no cargo até o final do mandato.
E a permanência de Wilson não é uma possibilidade pequena. Ele sabe que não pode sair sem ter a garantir de que ganharia a eleição para o Senado. E hoje, pelo que indicam as pesquisas que já estão sendo feitas, ele não está entre os primeiros colocados na disputa.
Com Wilson no cargo até o final, a chance de seu vice, Tadeu de Souza (Avante), ser candidato a governador é mínima. Este é o único pré-candidato que depende 100% da saída do companheiro de chapa de 2022. E por isso ele vai tentar dar todas as garantias, inclusive colocar a máquina estadual a serviço da candidatura do atual mandatário ao Senado. O que pode ser pouco.
As peças melhor colocadas no tabuleiro são Omar Aziz (PSD) e David Almeida (Avante). Os dois estiveram no mesmo palanque na eleição para prefeito de Manaus, mas ambos sabiam que poderiam romper em seguida. Jogaram tudo para que um novo personagem não entrasse na cena. E conseguiram. Tiraram Roberto Cidade (União Brasil), Amom Mandel (Cidadania) e Alberto Neto (PL) do jogo.
Nos bastidores, David e Omar têm se “cutucado” e se ameaçado. Este jogo tende a ser o mesmo até a virada abril de 2026, quando começa a partida principal.
Mas existe um outro personagem por enquanto quieto que pode entrar nessa briga: o senador Eduardo Braga (MDB). Se perceber que pode ficar isolado na disputa pela reeleição, como ficou em 2018, ele vai avaliar a possibilidade de ser candidato a governador. Seria, por assim dizer, a “zebra” mais viável.
Seja como for, o jogo já está sendo jogado, por enquanto imperceptível para o cidadão comum, mas muito quente para o meio político.
